Compreender a construção de Portugal implica compreender factores de ordem interna, para o que nos tem sido útil procurar elementos comuns nas revoluções políticas e militares desde 1820 e e outras igualmente importantes. Naturalmente, é também fundamental entrar em conta com factores de ordem externa. a resposta às razões da construção de Portugal passa pela resposta às . razões da criação dos demais estados europeus.. Mas, atenção, procuramos respostas medievais, do período do fim do império romano Não procuramos as origens dos grandes estados europeus do período moderno, pesquisadas por Charles Tilly que procurou sobretudo saber como se constituíram os potentados económicos que venceram as guerras religiosas dos séculos XVI e XVII e as duas terríveis guerras industriais do século XX. Para o caso, esta distinção cronológica é muito importante, pois Portugal era claramente periférico no segundo movimento, e não o era no primeiro.. Na verdade, o império romano tinha várias centralidades no seu território e o futuro país português ocupava uma delas, o que desde logo contrbuiu para uma primeira explicação da sua construção- Era a centralidade da defesa da costa arlântica ocidental e das portas d <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<Mediterrâneo. A ajuda a explicar , mas não explica totalmente, pois, a contrário, nenhum reino foi contruído nas Astúrias e daí a necessidade de apelar também aos elementos de ordem interna, como seja o da capacidade de criação de um poder militar central forte porque legitimado por poderes ligados à produção e ao comércio, isto é, a uma base de sustentação económica sem prazo definido ou limitado. Neste campo, o Império também ajudou, assim como o tão vilipendiado luso-trpicalismo, mas isso ficará para discussão um pouco mais abaixo. Posso deixar aqui duas pistas dessa discussão: (1) o império sem custos exigido em todas as revoluções é também aquele que permite ao território portugês cumprir a sua função externa de forma independente: (1) o luso-tropicalismo é uma extensão para a África e as Américas ao que aconteceu ao território(português) do durante o império romano. Ambos remetem para uma origem milenar da razões das construção do país, para um período em que o respectivo território e organização política não eram periféricos no contexto europeu e atlântico , como depois se viriam a tornar.
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