Vamos a alguns factos antes de regressarmos ao modo de ensaio histórico. O livro, se um dia existir, seguirá uma melhor estrutura, mas estas notas permitem algum liberalismo e todos estamos seguramente carentes de alguns factos. Estes, no caso, saídos de reflexões minhas. já publicadas e também de algumas fontes adicionais. E estão relacionados com o peso dos custos do império na hora da decisão sobre a revolta contra o poder instituído- Consideremos apenas os golpes militares de 1820,1926 e 1974. Na verdade, aconteceu que naquelas três ocasiões os custos de manutenção do Império superavam largamente os respectivos benefícios, levando a uma pronta associação de forças entre militares de patente revoltosos, tropas subalternas. políticos de altas patentes e povos nas ruãs das cidades e por vezes nos campos. uns não quiseram ser colónia de colónia (1820), , outros não quiseram continuar numa guerra já perdida ((1974), ainda outros não quiseram ver os cofres do Estado drenados por um ideal distante e inalcançável (1026). Trata-se inegavelmente de um elemento da tipologia que procuramos, mas que contém outros, pois comportamento das tropas foi semelhante, assim como a procura de apoios junto das forças políticas organizadas e junto das populações. Esta tipologia já revela um país diferente na cristandade ocidental, sem presença significativa de forças militares mercenárias, desligadas do ambiente político e social circundante.
Na determinação dos elementos importantes da nossa tipologia, exército, poder instituído. poder não organizado, urbano ou rural, forças económicas, incluindo comerciantes do império ou guildas,Estado, Igreja, podere locais, permanências moçárabes ou visigóticas, podemos utilizar o guião fornrcido por Mattoso, tão cedo quanto possível, nestas notas e no livro que elas pretendem um dia ser, pois é um excelente ponto de partida, sendo a independência também um momento revoltoso, como já aqui foi repetido. Continua (…)
lo. Continua (…)
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