"Um segundo resgate é hoje pouco provável mas mais provável do que há uns meses. Essa é a opinião da maioria dos analistas e especialistas com que o Negócios conversou nestes dias, etc...". E , mais à frente: "O tema do segundo resgate tem estado na agenda desde que o novo governo tomou posse...". Qual agenda? O que é que isto significa? Não há um facto, nada, zero, só especulação. Legítima, claro. Mas, pergunta-se: porquê agora? Para quê? Não havia necessidade, francamente, e com o todo o respeito pelo profissionalismo deste jornalista em particular. Como virar esta página? Quando entraremos na normalidade jornalística, em que as notícias serão notícias e os temas, temas? Depois não se admirem de ver o impensável, como a dirigente do Bloco de Esquerda a defender o ministro das Finanças. Se pensarem bem, na óptica de quem lança estas conversas, elas até têm um lado contraproducente. Como teve o intervencionismo desmedido da troika e seus aliados domésticos que terá levado, de facto, à inédita união de esquerdas em Portugal. Vistas bem as coisas, isto até tem uma certa graça, até porque vai tudo correr bem (mais ou menos, claro). E, se não houver segundo resgate, se o défice ficar no lugar, se a economia seguir o seu caminho, lento, mas caminho, haverá uma retratação? No entretanto, talvez seja de começar a pensar no que dizer sobre todas as ameaças anunciadas até hoje e que não se confirmaram. Em suma, o que se passa? O que querem?
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