Qual será o segredo? O FMI que esteve em Portugal chumbou, espalhou-se, falhou, errou, enganou-se, perdeu-se, enfim, que mais palavras? Todavia, um qualquer pequeno relatório de lá saído, mesmo cheio de "corta e cola", tem honras de abertura de telejornal. Tem de haver um segredo. E esse segredo diz mais de nós do que do FMI. Quem somos, afinal?, será então a pergunta? Não: é mesmo uma grande falta de critério e de discernimento que já pouco tem a ver connosco. E a que a gente tem de ligar muito pouco. Quanto a mim, apenas o suficiente para escrever estas poucas linhas. Mas os fãs estão um pouco por todo o lado. Uma viagem à sede em Washington para ver onde, como, porquê e por quem estes relatórios são feitos talvez mostrasse melhor aos jornalistas responsáveis o exagero em que se metem - e que os historiadores, que muito usam os jornais, irão seguramente avaliar. Felizmente, o povo parece já não estão a ligar muito. A prova, pelo que parece, é o facto de o "Correio da Manhã", que sabe muito, há muito tempo não falar dos ditos "avisos" do FMI.
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