Façam contas e mais contas, ponham alfas e deltas, logarítmos e cubos, senos ou cossenos, mas o que importa mesmo é que a austeridade não só parou como foi revertida. A paragem da austeridade veio para ficar; a reversão, essa, ainda não sabemos, pois dependerá de como a economia progredir. Por outras palavras, em 2016 não haverá seguramente cortes de rendimento (líquidos), impostos pelo Estado. Percebe-se? Basta querer para perceber. Assim, a economia, só por causa da paragem da austeridade, vai crescer, em relação ao ano de 2015. O quanto já não depende do Orçamento. Depende do dinheiro que os investidores vão investir, das ideias que venham a ter, do investimento público e, acima de tudo, do que acontecer na economia internacional. Vamos mas é trabalhar e deixar o Orçamento e a política orçamental em paz. Um dos trabalhos a fazer é o de pensar como melhorar o debate sobre o país. A economia não é uma ciência de décimas, nem de exemplos disto contra aquilo. É uma ciência de premissas e deduções globais, por assim dizer. Se tudo correr bem com o crescimento, como deverá correr, muito correrá mal com as contas externas do país e disso nada ou quase nada se fala - e era preciso falar.
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