Claro que vamos ter um Governo de gestão. Mas de forma complicada. Primeiro, Passos vai à televisão dizer que não quer. Depois, Cavaco nomeia um testa-de-ferro qualquer para formar Governo, que é formado, curto, com uma série de gente escolhida pelo bem identificável grupo conspirador que o rodeia. A seguir, esse Governo será chumbado por Costa. Depois, o Presidente e o resto culparão o PS e seus amigos por não deixarem "o país" ter um Governo de prestígio. Segue-se a campanha presidencial, porventura com um candidato próprio contra Rebelo de Sousa e, o que mais agrada ao actual Presidente, um grande logo se vê de que achará que não pode ser culpado. Mentes simples pensam assim. Mentes muito complicadas transformam estas coisas em acção. E não é a dupla de Martins e Sousa quem mais os preocupa: é a de Costa e Centeno. É tão fácil fazer exercícios de futuro com este tipo de massa cinzenta. O país que aguente. Os negócios menos claros, esses, podem continuar e até beneficiarão. Espera-se que Costa e companhia não cedam ao golpe e que saibam manter o rumo. Para o que será preciso muita paciência e, acima de tudo, muita moderação. Digo eu, que percebo imenso destas coisas. Entretanto, as caixas de ressonância ainda não foram informadas e é por isso que só lá se chega com adivinhas. Sê-lo-ão em breve.
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