Gostava hoje de assistir a bons debates na televisão sobre o que se está a passar. Se assim não for, não será seguramente por causa dos jornalistas, mas sim por causa das direcções. Mas as esperanças são poucas. Veremos. No princípio, lá longe, era o monopólio da RTP, oficial, oficiosa, governamental. A seguir, veio a SIC, ligada ao PSD, mas inteligente. E continua, com alguma legitimidade, com toda legitimidade, ou se calhar nem tanto. Não sei. Assim como o "Expresso". Depois, veio a TVI, durante muito tempo sobretudo populista. Todavia, nos últimos anos, a TVI foi uma espécie de contraponto à televisão ligada ao PSD e à televisão oficial. Mas, entretanto, nos últimos meses, mudou, mudou muito, e começou a concorrer com as outras, no mesmo campo político. Foi uma perda, será uma perda. Para quê? Nos jornais, sobra o "Público". O jornalismo económico desapareceu, enquanto tal, pelo menos nas primeiras páginas e nos cabeçalhos. Será que os media, em geral, vão acompanhar a mudança que se avizinha? Ou já estão a preparar a próxima luta, a de eleições antecipadas? O pior é que neste caso não há mesmo alternativa, pois Portugal não chega o que chegue aos media internacionais, que lá nos vão salvando para o resto. Há gente para pensar nestas coisas, por dentro, ou nem por isso?
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