A Grécia está num imbróglio político. Tudo o que por lá se passa tem um impacto político que não tem - ou não teve -, por exemplo, na Hungria ou na Roménia, países da região igualmente sujeitos a "ajustamentos" para terem crédito externo oficial. A diferença é o euro. A solução grega passa por um equilíbrio que agrade aos radicais conservadores alemãs - e seus seguidores em outros países - e aos radicais de esquerda gregos. E é uma luta por títulos de jornal. Difícil, portanto. Todavia, os dados da questão mudaram alguma coisa. Já não se discutem cortes cegos e impostos absurdos desenhados nas secretarias distantes do FMI, mas sim cortes e impostos desenhados por um governo que responde ao seu eleitorado. Se houver dúvidas quanto a isso, leia-se o último resumo feito por quem sabe algo mais da coisa - e a coisa vai mesmo mudar.
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