Há quanto tempo se sabe que os "programas" do FMI não são sobre crescimento mas sobre financiamento de défices externos a troco de impostos nacionais? Há quanto tempo se sabe que a austeridade sem limites nunca funcionou, e sobretudo em democracias? E porque se usaram aqueles programas na Europa? Irlanda e Portugal ainda aguentaram, graças a parcos limites impostos internamente. E Portugal, felizmente, entrou mais tarde. Chipre não aceitou quase nada, nem Espanha ou, obviamente, Itália. Restou a Grécia, o elo mais fraco. Acabou. Mas o que acabou não foi a Grécia, foi a possibilidade de os governos europeus esconderem que sabiam tudo o que se iria passar. Agora, que a Grécia já não precisa do dinheiro emprestado de fora para "pagar salários e pensões", mas apenas para pagar a dívida a quem emprestou (estúpido, não é?), acabou-se a farsa. E a "Europa" pode finalmente reagir e começar a governar também a periferia.
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