Dantes, como sempre é dantes, os intelectuais tinham outro gabarito. Ou, pelo menos, cartolas e chapéus de coco. Cem anos depois do pessimismo que espalharam, cheios de ciência e conhecimento - e ironia -, a economia portuguesa não só havia acompanhado como se havia aproximado da grande Europa. Erraram no prognóstico económico, para bem dos seus herdeiros. Na política, nem tanto mas, mesmo assim, ainda em 1974 Portugal deu um exemplo ao mundo. Hoje, os que há cinco ou quatro anos erraram na economia estão outra vez a ser ouvidos, como se nada fosse. A economia, essa, está aí para surpreender os mais incautos. Moral da história, o medo económico é uma péssima arma de política económica. Mas óptimo para manter tudo na mesma. O que não acontecerá.
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