É preciso repetir várias vezes, senão ninguém acredita mesmo: a transferência do fundo de pensões dos bancos para o Estado implica um aumento do défice público de 0,3% do PIB (aos níveis de 2012), cada ano, durante um prazo que não é conhecido. Por causa disso, todos os anos, durante muito tempo, o Estado gastará mais do que recebe, num montante equivalente a 0,3% do PIB. Isso já tem em conta o desconto dos juros que não paga por ter entregado 6 mil milhões para amortizar parte da dívida pública e pagar dívidas correntes. Mas, entende-se bem? É que, agora, a repetir isto, fico outra vez na dúvida se está certo. Se estiver, então, se os fundos não tivessem sido transferidos ou tivessem sido transferidos em melhores condições, quantos cortes poderiam ter sido poupados, das pensões às taxas moderadoras, dos subsídios de desemprego ao rendimento social? Fácil, o equivalente a 0,3% do PIB de 2012. É só fazer as contas, como dizia o outro. À incompetência económica, mais difícil de provar, junta-se agora a incompetência financeira, clara como a água. Ou será que é ainda tudo parte do mesmo plano de sempre da "democratização da economia" e das "profundas reformas estruturais"? Posso também estar redondamente enganado, o que será muito fácil de provar. Help!
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