É uma pena que não se aprenda mais economia no ciclo, como diria o Herman, pois ainda há quem pense que o Estado gasta metade do que os "portugueses" produzem. O Estado gasta menos de 10% e distribuiu o resto, assim, a talhe de foice. Os ricos pagam mais do que recebem e os pobres recebem mais do que pagam. Depois, já no 12º ano, podia-se aprender os fundamentos dessa história que são os de que o crescimento económico, a começar pela industrialização oito e novecentista, trouxe aumentos muito grandes nas diferenças de produtividade das pessoas e, por essa via, de rendimentos. Em 1800, todos fazíamos trigo, bolachas ou panos, com diferenças suportáveis de valor por pessoa; agora, todos fazemos trigo, carros ou cliques no computador, com valores muito diferentes por pessoa e reflexos nos rendimentos. Alguém inventou que o Estado devia tirar a uns para dar aos outros. Alguém? Sim, os povos, na Europa que, para quem se esqueceu, é uma região democrática onde os governos seguem os cidadãos. Ah, mas isto já é política que também não se deve ainda ensinar muito no ciclo. Ou ensina-se?
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