Não é que isto interesse muito pois a regra é mesmo cada um descobrir aquilo de que mais gosta. Mas vem de certo modo a propósito. O primeiro foi Patrick O'Brien, que me ensinou a desconfiar da brilhante historiografia inglesa: cuidado que há por aí muita "Whig History"; depois foi Alan Milward, que me ensinou que não vale a pena grandes teorias antes de se saber o que "eles" - os governantes, os empresários, etc. - andam mesmo a fazer; a seguir foi Nick Crafts, que me pôs na mente a convicção de que não vale a pena ter grandes ideias sobre como as economias crescem sem verdadeiramente saber do que elas são feitas, qual é e como caminha a sua estrutura. Bem, isto só pode ser coincidência, mas a verdade é que todos passaram pela LSE onde, aliás, passei meses perdido na biblioteca. Mas não os conheci lá: um em Oxford, outro no Instituto Universitário Europeu e outro por aí em conferências. E não é de admirar que todos se admirem entre si. E, finalmente, este que pôs senso nas minhas ideias sobre o enquadramento financeiro de tudo o resto, ensinando que as finanças só interessam para se ter a certeza de que não chateiam o andamento do que verdadeiramente interessa, o resto da economia (bem, com a ressalva de que os serviços financeiros fazem parte da economia e podem chegar a 10% do PIB em alguns sítios).
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