Os governos e os bancos centrais (convém falar dos dois pois há uns que se dizem independentes e o BCE até de certo modo é) injectaram dinheiro na economia para controlar a crise financeira. Certo? Certo. E o que é que isso de facto significou? Que os bancos tiveram acesso a créditos baratos - isso mesmo, baratos - até montantes quase ilimitados, e que com isso puderam emprestar a preços convenientes. Certo? Sim. E quem beneficiou com isso? Fácil, as famílias, nos seus créditos à habitação, as que os têm, que não são todas (e algumas nos créditos ao consumo), e as empresas. Estas ainda levaram mais uns pacotes de ajuda a pmes e coisas do género. Certo? Certíssimo. Então, por favor, acabem de uma vez por todas com o choradinho do salário mínimo que a esses ainda não chegou estímulo nenhum (pelo menos directamente). Se há empresas pequenas mais afectadas, que se vá aos fundos que já andam por aí e se lhos entreguem. Mas se o problema é a Sonae e a Jerónimo Martins... De facto este país não é a Alemanha onde os contratos sociais são para cumprir, permitindo a criação de almofadas para ajudar a combater crises, do género: hoje recebemos (trabalhadores) menos para amanhã sermos compensados e vocês (patrões) não vêm depois com desculpas para e tal...
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